OS ASTROS ÍNTIMOS
Consulto a luz dos
meus astros,
cada qual de cada vez.
Primeiro olho o do meu peito:
um sol turvo é o meu defeito.
cada qual de cada vez.
Primeiro olho o do meu peito:
um sol turvo é o meu defeito.
A minha amada
adormece
desgostosa do que sou:
a estrela da minha fronte
de descuidos se apagou.
Ela sonha mal do rumo
que minha galáxia tomou.
Não sabe que uma esmeralda
se esconde na dor que dou.
A cara consigo ver,
sem tremor e sem temor,
da treva engolindo a flor.
Percorre a mata um espanto.
A constelação que outrora
ardente cruzava o campo
da vida, hoje mal demora
no fulgor de um pirilampo.
Mas vale ver que perdura
serena em seu resplendor,
mesmo de luz esgarçada,
a nebulosa do amor.
desgostosa do que sou:
a estrela da minha fronte
de descuidos se apagou.
Ela sonha mal do rumo
que minha galáxia tomou.
Não sabe que uma esmeralda
se esconde na dor que dou.
A cara consigo ver,
sem tremor e sem temor,
da treva engolindo a flor.
Percorre a mata um espanto.
A constelação que outrora
ardente cruzava o campo
da vida, hoje mal demora
no fulgor de um pirilampo.
Mas vale ver que perdura
serena em seu resplendor,
mesmo de luz esgarçada,
a nebulosa do amor.
LOS ASTROS ÍNTIMOS
Consulto luces de
astros,
uno solo a cada vez.
Miro primero al del
pecho:
un sol turbio es mi
defecto.
Mi amada se me adormece
disgustada del que soy:
la estrella que hubo en
mi frente
de descuidos se apagó.
Ella malsueña del
rumbo
que mi galaxia tomó.
No sabe que una
esmeralda
se hurta en el dolor que doy.
se hurta en el dolor que doy.
La cara consigo ver,
sin temor y sin
temblor,
de sombra que engulle a
flor.
Cruza la mata un
espanto.
La constelación que
otrora
ardiente cruzaba el
campo
de la vida, hoy dura
apenas
el fulgor de una
luciérnaga.
Mas sirve ver que
perdura
serena en su
resplandor,
aún por la luz
desgarrada,
Thiago de Mello,
Campo de milagros,
1998.
(Versión
de Pedro Casas Serra)
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