O MURO INVISÍVEL
É inútil minhas
palavras
ultrapassarem fronteiras,
se eu ainda permaneço.
Muro invisível existe
entre o dizer e o fazer
e, talvez, à sua sombra
apenas envelheçamos.
Jamais saberá a relva
quando o orvalho descerá,
e é dádiva da terra,
o que amadurece os frutos.
Sou qual ávida planície
esperando vir dos céus
a chuva fertilizante.
Entrementes, vejo flores,
sem saber se as colherei.
ultrapassarem fronteiras,
se eu ainda permaneço.
Muro invisível existe
entre o dizer e o fazer
e, talvez, à sua sombra
apenas envelheçamos.
Jamais saberá a relva
quando o orvalho descerá,
e é dádiva da terra,
o que amadurece os frutos.
Sou qual ávida planície
esperando vir dos céus
a chuva fertilizante.
Entrementes, vejo flores,
sem saber se as colherei.
El MURO INVISIBLE
Es vano que mis
palabras
sobrepasen las
fronteras,
si yo aquí aún
continúo.
Existe un muro
invisible
entre el decir y el
hacer
y, tal vez, a su
penumbra
solamente envejezcamos.
No sabrá nunca la
hierba
cuándo caerá el
rocío,
regalo para la tierra,
el que madura los
frutos.
Soy cuál ávida
llanura
esperando de los cielos
la lluvia fertilizante.
Mientras tanto, veo
flores,
Thiago de Mello,
Antología de los mejores poemas,
2009.
(Versión
de Pedro Casas Serra)
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