FIO DE VIDA
Já fiz mais do que podia
Nem sei como foi que fiz.
Muita vez nem quis a vida
a vida foi quem me quis.
Para me ter como servo?
Para acender um tição
na frágua da indiferença?
Para abrir um coração
no fosso da inteligência?
Não sei, nunca vou saber.
Sei que de tanto me ter,
acabei amando a vida.
Vida que anda por um fio,
diz quem sabe. Pode andar,
contanto (vida é milagre)
que bem cumprido o meu fio.
Nem sei como foi que fiz.
Muita vez nem quis a vida
a vida foi quem me quis.
Para me ter como servo?
Para acender um tição
na frágua da indiferença?
Para abrir um coração
no fosso da inteligência?
Não sei, nunca vou saber.
Sei que de tanto me ter,
acabei amando a vida.
Vida que anda por um fio,
diz quem sabe. Pode andar,
contanto (vida é milagre)
que bem cumprido o meu fio.
Thiago de Mello, Campo
de milagres, 1998.
HILO DE LA VIDA
Yo hice ya cuanto podía
No sé ni cómo lo
hice.
Ni quise a veces la
vida
fue la vida quién me
quiso.
¿Para que fuera su
siervo?
¿Para encender un
tizón
en la fragua del
desdén?
¿Para abrir un corazón
en el foso de la mente?
Ni lo sé, ni lo sabré.
Sé que de tanto ser
suyo,
acabé amando la vida.
Vida que pende de un
hilo,
dice quien sabe. Es
posible,
ya que (la vida es
milagro)
Thiago de Mello,
Campo de milagros, 1998.
(Versión de Pedro
Casas Serra)
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