O VENTO E A CANOA
O vento leva a canoa
no rumo que só ele sabe.
A vida me leva à toa,
as se me perco me vale.
O vento e a vida: canoas
que sabem todas as águas,
das terríveis e das boas.
(O que as encrespas são mágoas
maldormidas dos que nelas
se afogaram maldizendo)
Muito para as pandas velas
minha vida vem dizendo.
Faço estas quadras brincando
de levar a vida a sério.
O vento chega cantando
mas não me explica o mistério.
no rumo que só ele sabe.
A vida me leva à toa,
as se me perco me vale.
O vento e a vida: canoas
que sabem todas as águas,
das terríveis e das boas.
(O que as encrespas são mágoas
maldormidas dos que nelas
se afogaram maldizendo)
Muito para as pandas velas
minha vida vem dizendo.
Faço estas quadras brincando
de levar a vida a sério.
O vento chega cantando
mas não me explica o mistério.
El VIENTO Y LA CANOA
Lleva el viento la
canoa
al rumbo que sólo él
sabe.
La vida me lleva a
locas,
y si me pierdo me vale.
Viento y vida: son
canoas
que saben todas las
aguas,
las terribles y las
buenas.
(Lo que las encrespa,
penas
insomnes de los que en
ellas
se ahogaron
maldiciendo.)
Mucho para velas
flácidas
mi vida viene diciendo.
Hago cuartetos jugando
a llevar la vida en
serio.
El viento llega
cantando
mas no me explica el
misterio.
Thiago de Mello,
Poemas preferidos por el autor y sus lectores, 2001.
(Versión
de Pedro Casas Serra)
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