MEMÓRIA
DA ESPERANÇA
Na
fogueira do que faço
por amor me queimo inteiro.
Mas simultâneo renasço
para ser barro do sonho
e artesão do que serei.
Do tempo que me devora
me nasce a fome de ser.
Minha força vem da frágil
flor ferida que se entreabre
resgatada pelo orvalho
da vida que já vivi.
Qual a flama que darei
para acender o caminho
da criança que vai chegar?
Não sei. Mas sei que já dança,
canção de luz e de sombra,
na memória da esperança.
por amor me queimo inteiro.
Mas simultâneo renasço
para ser barro do sonho
e artesão do que serei.
Do tempo que me devora
me nasce a fome de ser.
Minha força vem da frágil
flor ferida que se entreabre
resgatada pelo orvalho
da vida que já vivi.
Qual a flama que darei
para acender o caminho
da criança que vai chegar?
Não sei. Mas sei que já dança,
canção de luz e de sombra,
na memória da esperança.
(Dia
dos meus 55 anos, 30 de março de 1981.)
Thiago
de Mello, Faz mormaço
na floresta,
1981.
MEMORIA DE ESPERANZA
En la hoguera de lo que
hago
por amor me quemo
entero.
Mas a la vez yo renazco
para ser barro del
sueño
y obrero del que seré.
Del tiempo que me
devora
me nace el hambre de
ser.
Mi ardor viene de la
frágil
flor herida que se abre
salvada por el rocío
de la vida que viví.
¿Qué llama proveeré
para alumbrar el camino
del niño que va a
llegar?
No sé. Pero sé que
baila,
canción de luz y de
sombra,
en memoria de
esperanza.
Thiago de Mello,
Bochorno en la selva, 1981.
(Versión de Pedro
Casas Serra)
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