"Espera" de Maria Lua

Eu te quero às escondidas
e se esta espera durar
te esperarei quantas vidas
for necessário esperar!...
(Eugênia Maria Rodrigues -1º lugar nos
Jogos Florais de Nova Friburgo- 2003)

Nao serão meus os desejos secretos,
os insones desejos de teus olhos vagos...
Não serão minhas as carícias loucas,
as sensuais carícias de tuas mãos inseguras...
Não serão meus os abraços fortes,
os largos abraços de teus braços indecisos...
Não serão meus os beijos quentes,
os ardentes beijos de teus lábios incertos...
Não serão minhas as palavras doces,
as suaves palavras de tua tímida voz...
Não serão meus os anseios ardorosos,
os intensos anseios de teu corpo distante...
Não serão meus os caminhos tortuosos,
os difíceis caminhos de tua alma aflita...

Eu te seguirei na distância
levando no corpo o delírio insensato,
o impossível delírio de te querer
no silêncio de um sonho...
Eu te seguirei na ausência
levando em mim a indomada esperança,
a sublime esperança de te reencontrar
além de todos os aléns...

Eu te esperarei por muitas vidas
e te seguirei por muitas mortes,
sendo o fiel escudeiro de tua alma
e o sagrado manto que te cobrirá a tez pálida
pelo tom marmóreo de teu breve desencantamento...

Eu serei nós... mesmo que nós se desfaçam
e desprendam os laços em que nos envolvemos
desde sempre e para todo sempre...

Eu flanarei meu sonho ao lado do teu
e juntos cortaremos o infinito,
em busca de uma eternidade que nos pertence...

E, ao teu cansaço, minhas asas ruflarão mais fortes,
para que prossigas o vôo
e não me deixes seguir solitário,
num rumo que não é meu: é nosso!

Maria Lua

Poesia virtual feita a dois corações com o Poeta
Edmar Japiassú Maia, homenageando a
trovadora Eugênia Maria Rodrigues -viajante
do reino encantado das estrelas...



Espera

Yo te quiero a escondidas
y si tiene que durar
¡te esperaré cuantas vidas
sea preciso esperar!...
(Eugênia Maria Rodrigues -1er. puesto en los
Juegos Florales de Nova Friburgo- 2003)

No serán míos los deseos secretos,
los insomnes deseos de tus ojos vagos...
No serán mías las caricias locas,
las sensuales caricias de tus manos inseguras...
No serán míos los abrazos fuertes,
los anchos abrazos de tus brazos indecisos...
No serán míos los besos calientes,
los ardientes besos de tus labios inciertos...
No serán mías las palabras dulces,
las suaves palabras de tu tímida voz...
No serán míos los anhelos ardorosos,
los intensos anhelos de tu cuerpo distante...
No serán míos los caminos tortuosos,
los difíciles caminos de tu alma afligida...

Yo te seguiré en la distancia
llevando en el cuerpo el delirio insensato,
el imposible delirio de quererte
en el silencio de un sueño...
Yo te seguiré en la ausencia
llevando en mí la indomada esperanza,
la sublime esperanza de reencontrarte
más allá de todos los más allás...

Yo te esperaré por muchas vidas
y te seguiré por muchas muertes,
siendo el fiel escudero de tu alma
y el sagrado manto que te cubrirá la tez pálida
por el tono marmóreo de tu breve desencantamiento...

Yo seré nosotros... igual que los nudos se deshagan
y desprendan los lazos en que nos envolvemos
desde siempre y para todo siempre...

Yo pasearé mi sueño al lado del tuyo
y juntos cortaremos el infinito,
en busca de una eternidad que nos pertenece...

Y, a tu cansancio, mis alas batirán mas fuertes,
para que prosigas el vuelo
y no me dejes seguir solitaria,
en un rumbo que no es mío: ¡es nuestro!

Maria Lua

(Poesia virtual hecha a dos voces com el Poeta
Edmar Japiassú Maia, homenajeando a la
poeta Eugênia Maria Rodrigues -viajera
del reino encantado de las estrellas...)

(versión de Pedro Casas Serra)