martes, 22 de noviembre de 2011

"Distração" de Maria Lua

Em tua fragilidade de argila
tentei apoiar meu sonho...

Eu te queria ninho
nem percibi que eras apenas asas...
Eu te queria porto
nem percibi que eras apenas ondas...
Eu te queria abrigo
nem percibi teu olhar de ausência...

Quis desenhar um arco-íris
em teu céu de tempestade
nem percibi que eras o raio reluzente
a rasgar os rumos de meus devaneios...
Quis prender teu sorriso
no espelho d'água de meu lago sereno
nem percibi teu rosto
dançando no rodamoinho
além das cascatas...
Quis encantar teu coração
com magias de ondina sensual
nos mares de Netuno
nem percibi teu vulto alado
filho de Mercúrio
mensageiro dos deuses...

Eu que inventava um romance
nem percibi que eras
ator de teu próprio drama...
Eu que delirava em poemas
nem percibi que eras
acordes de uma canção errante...
Eu que te vestia de Sol
nem percibi que também eras Lua
na solidão dos silêncios...

Tentei apoiar meu sonho
em tua fragilidade de argila
e me desfiz
poeira de estrelas sonâmbulas...

Maria Lua




Distracción

En tu fragilidad de arcilla
intenté apoyar mi sueño...

Yo te queria nido
no advertí que eras apenas alas...
Yo te queria puerto
no advertí que eras apenas olas...
Yo te queria abrigo
no advertí tu mirar de ausencia...

Quise diseñar un arcoíris
en tu cielo de tormenta
no advertí que eras rayo luminoso
para rasgar los rumbos de mis devaneos...
Quise prender tu sonrisa
el el espejo de agua de mi lago sereno
no advertí tu rostro
bailando en el remolino más allá de las cascadas...
Quise encantar tu corazón
con magias de ondina sensual
en los mares de Neptuno
no advertí tu aspecto alado
hijo de Mercúrio
mensajero de los dioses...

Yo que inventaba un romance
no advertí que eras
actor de tu propio drama...
Yo que deliraba en poemas
no advertí que eras
acordes de una canción errante...
Yo que te vestía de Sol
no advertí que también eras Luna
en la soledad de los silencios...

Intenté apoyar mi sueño
en tu fragilidad de arcilla
y me deshice
polvo de estrellas sonámbulas...

Maria Lua
(versión de Pedro Casas Serra)

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