Deixa-me navegar nos mares de teus silêncios...
Segredos abissais emudecem auroras
aprisionam sonhos
encobrem saudades...
Na mudez atônita dos teus lábios
escondem-se esboços de murmúrios...
Na surdez longínqua de teus ouvidos
atropelam-se presságios de convites...
Na imobilidade cálida de tuas mãos
esvaem-se silhuetas de carícias...
Deixa-me desbravar as trilhas de teus mistérios...
Lembranças ancestrais revelam ocasos
libertam emoções
desvendam medos...
Na claridade absurda de teus olhos
incendeiam-se loucuras...
No enigma obscuro de teu rosto
enraízam-se desejos...
Na inquietude serena de teus braços
reinventam-se os abraços...
Deixa-me sonhar às margens de tua ausência...
Lentos rituais renovam delírios
imobilizam gestos
transfiguram a Solidão...
Maria Lua
Inmovilidad
Déjame navegar en los mares de tus silencios...
Secretos abisales enmudecen auroras
aprisionan sueños
encubren nostalgias...
En la mudez atónita de tus labios
se esconden esbozos de murmullos...
En la sordera distante de tus oídos
se atropellan presagios de invitaciones...
En la inmovilidad cálida de tus manos
se insinuan siluetas de caricias...
Déjame explorar las sendas de tus misterios...
Recuerdos ancestrales revelan ocasos
liberan emociones
revelan miedos...
En la claridad absurda de tus ojos
se encienden locuras...
En el enigma oscuro de tu rostro
se enraízan deseos...
En la inquietud serena de tus brazos
se reinventan los abrazos...
Déjame soñar a orillas de tu ausencia...
Lentos rituales renuevan delirios
imobilizan gestos
transfiguran la Soledad...
Maria Lua
(versión de Pedro Casas Serra)
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