sábado, 26 de junio de 2010

"Devaneios" de Maria Lua

Procuro nos astros
teu vulto de brumas
teu rostro de nuvem
teus olhos de mar...
Viajo sem rumo
na ponta da estrela
além do horizonte
além da saudade...
Nas rastros da Lua
desenho desejos
de ver teu sorriso
nas sombras da noite...

Quem sabe tu voltes
na nuvem do ocaso
nas luzes da aurora
na Lua Crescente...
Quem sabe me fales
com lábios de chuva
quem sabe me toques
com dedos de vento...
Quem sabe me encantes
com beijos de fonte
que sabe me abraces
com braços de ipês...

Procuro sem pressa
e sem desespero
que o tempo é de espera
que o tempo é de sonho...
Procuro sem remos
no azul do oceano
procuro sem asas
no azul do infinito...
Procuro sem olhos
no meio das trevas
procuro em silêncio
nos versos que invento...

Descubro afinal
que em meus devaneios
distância nenhuma
te afasta de mim...

Maria Lua (“De Lua e de Estrelas...”, 2005)


Devaneos

Persigo en los astros
tu cuerpo de brumas
tu rostro de nube
tus ojos de mar...
Viajo sin rumbo
a bordo de estrellas
cruzando horizontes
cruzando nostalgias...
En rastros de Luna
dibujo deseos
de ver tu sonrisa
en sombras de noche...

Acaso tú vuelvas
en nube de ocaso
en luces de aurora
en Luna Creciente...
Acaso me hables
con labios de lluvia
acaso me toques
con dedos de viento...
Acaso me encantes
con besos de fuente
acaso me abraces
con brazos de ipês...

Indago sin prisa
y sin desespero
que es tiempo de espera
que es tiempo de sueño...
Indago sin remos
en azul océano
indago sin alas
en azul inmenso...
Indago sin ojos
entre las tinieblas
Indago en silencio
en versos que invento...

Descubro al final
que en mis devaneos
ninguna distancia
te aleja de mí...

Maria Lua
(versión de Pedro Casas Serra)

No hay comentarios:

Publicar un comentario