NINGUÉM ME HABITA
Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.
Thiago de Mello, De
uma vez por todas,
1996.
NADIE ME HABITA
Nadie me habita. A no
ser
milagro de la materia
que me hace capaz de
amar,
misterio de la memoria
que urde el tiempo en
mis neuronas,
para que, viviendo
ahora,
pueda verme en otra
hora.
Nadie me habita. Yo
solo
resbalo por los
declives
donde me esperan, me
llaman
(dice mi ser
esperándolos)
torpezas que me
fascinan,
Thiago de Mello, De
una vez por todas, 1996.
(Versión de Pedro
Casas Serra)
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