POEMA DA PRAÇA DESTERRADA
Em abril, certa noite estive perto
da esperança do povo erguido em canto.
Antes nunca jamais meu peito certo
esteve da alegria, mas o pranto
foi que desceu lavrando no deserto
da praça desterrada. O meu espanto
não foi de ver o coração coberto
pelo medo feroz, de turvo manto.
Mas de ver que ninguém amar sabia,
como quem ama a rosa namorada,
a pátria de repente degradada.
Ver que ninguém na rua uma canção
cantou de amor chamando à rebeldia
para o trabalho amargo da alegria.
da esperança do povo erguido em canto.
Antes nunca jamais meu peito certo
esteve da alegria, mas o pranto
foi que desceu lavrando no deserto
da praça desterrada. O meu espanto
não foi de ver o coração coberto
pelo medo feroz, de turvo manto.
Mas de ver que ninguém amar sabia,
como quem ama a rosa namorada,
a pátria de repente degradada.
Ver que ninguém na rua uma canção
cantou de amor chamando à rebeldia
para o trabalho amargo da alegria.
POEMA DE LA PLAZA
PROSCRITA
En abril, cierta noche
estuve cerca
de la ilusión del
pueblo alzado en canto.
Antes nunca jamás mi
pecho cierto
estuvo del contento,
sino el llanto
fue el que bajó
cavando en el desierto
de la plaza proscrita.
Mas mi espanto
no fue advertir el
corazón cubierto
por el miedo feroz, de
turbio manto.
Sino advertir que nadie
amar sabía,
como quién ama la rosa
enamorada,
la patria de repente
degradada.
Ver que nadie en la
calle una canción
cantó de amor llamando
a rebeldía
para el trabajo amargo
de alegría.
Thiago de Mello, La
canción del amor armado,
1966.
(Versión
de Pedro Casas Serra)
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