BREVE SERÁ DEZEMBRO
Somos homens e
sabemos
que breve será dezembro
no tempo de nossa carne.
Se habitaremos um tempo
de limites impossíveis,
somos homens, não sabemos.
que breve será dezembro
no tempo de nossa carne.
Se habitaremos um tempo
de limites impossíveis,
somos homens, não sabemos.
E a despeito do
cansaço.
quase nada percorremos
da estrada que nos tocou.
De nosso tivemos pouco:
tivemos crenças legadas,
herdamos o sangue antigo
e sobretudo o desejo.
quase nada percorremos
da estrada que nos tocou.
De nosso tivemos pouco:
tivemos crenças legadas,
herdamos o sangue antigo
e sobretudo o desejo.
Prolongamos o roteiro
que a mão primeira traçou.
Nosso corpo limitado
serviu de atalho à infinita
substância do pecado.
De tudo, apenas foi nosso
o débil gesto esboçado
que se extinguiu muito aquém
da fronteira.
Contudo, algo esperamos.
que a mão primeira traçou.
Nosso corpo limitado
serviu de atalho à infinita
substância do pecado.
De tudo, apenas foi nosso
o débil gesto esboçado
que se extinguiu muito aquém
da fronteira.
Contudo, algo esperamos.
Thiego de Mello ( (De Silêncio e Palavra, 1951)
SERÁ BREVE DICIEMBRE
Somos hombres y sabemos
que diciembre será
breve
en tiempo de nuestra
carne.
Si habitaremos un
tiempo
de límites imposibles,
lo
ignoramos, somos hombres.
Y a despecho del
cansancio.
casi nada recorremos
del curso que nos
tocó.
De nuestro tuvimos
poco:
tuvimos creencias
legadas,
heredamos sangre
antigua
y sobre todo el
deseo.
Prolongamos el
trayecto
que trazó mano inicial.
Nuestro cuerpo limitado
fue el atajo a la infinita
sustancia del pecado.
que trazó mano inicial.
Nuestro cuerpo limitado
fue el atajo a la infinita
sustancia del pecado.
De todo, apenas fue
nuestro
el débil gesto
esbozado
que se extinguió de
este lado
de la frontera.
Sin
embargo, algo esperamos.
Thiago de Mello
(Versión de Pedro Casas Serra)
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