jueves, 9 de febrero de 2012

"Soneto ao caminhante solitário" de Maria Lua

Ao Poeta Mario Quintana, a minha homenagem

SONETO AO CAMINHANTE SOLITÁRIO

Mario, tu que sozinho caminhavas
nos silêncios de tua alegre Porto,
vinhas mirando o céu, e assim captavas
um verso vago... triste... meio torto,

vindo talvez das nuvens... Deliravas...
e mergulhando em sonhos, tão absorto...
de tal maneira o verso enfeitiçavas
que se fazia luz... e teu conforto...

No bar... a estrofe em letra desenhada...
um cigarro... um café... a madrugada...
-espirais de um poema em confissão...

Tua presença ausente em cada rua
Fez de ti um ser boêmio... um "vira-lua":
-Mario Quintana... a voz da solidão!...

Maria Lua



Al Poeta Mario Quintana, mi homenaje

SONETO AL CAMINANTE SOLITARIO

Mario, tú que tan solo caminabas
en los silencios de tu alegre Porto,
íbas mirando el cielo, así captabas
un verso vago... triste... desde el orto

viniendo de las nubes... Delirabas...
y sumergido en sueños, tan absorto...
de tal modo los versos hechizabas
que se volvían luz... y tu conforto...

En el bar... copla en letra diseñada
cigarrillo... café... la madrugada...
-volutas de un poema en vacuidad...

Tu presencia perdida en cada rúa
hizo de ti un bohemio... un "vira-lua":
-Mario Quintana... voz de soledad!...

Maria Lua
(versión de Pedro Casas Serra)

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