MADRUGADA
CAMPONESA
Madrugada camponesa,
faz escuro ainda no chão,
mas é preciso plantar.
A noite já foi mais noite,
a manhã já vai chegar.
Não vale mais a canção
feita de medo e arremedo
para enganar solidão.
Agora vale a verdade
cantada simples e sempre,
agora vale a alegria
que se constrói dia a dia
feita de canto e de pão.
Breve há de ser (sinto no ar)
tempo de trigo maduro.
Vai ser tempo de ceifar.
Já se levantam prodígios,
chuva azul no milharal,
estala em flor o feijão,
um leite novo minando
no meu longe seringal.
Madrugada da esperança
já é quase tempo de amor
colho um sol que arde no chão,
lavro a luz dentro da cana
minha alma no seu pendão.
Madrugada Camponesa.
Faz escuro (já nem tanto),
vale a pena trabalhar.
Faz escuro, mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.
Thiago de Mello (De Faz escuro mas eu canto, 1965)
faz escuro ainda no chão,
mas é preciso plantar.
A noite já foi mais noite,
a manhã já vai chegar.
Não vale mais a canção
feita de medo e arremedo
para enganar solidão.
Agora vale a verdade
cantada simples e sempre,
agora vale a alegria
que se constrói dia a dia
feita de canto e de pão.
Breve há de ser (sinto no ar)
tempo de trigo maduro.
Vai ser tempo de ceifar.
Já se levantam prodígios,
chuva azul no milharal,
estala em flor o feijão,
um leite novo minando
no meu longe seringal.
Madrugada da esperança
já é quase tempo de amor
colho um sol que arde no chão,
lavro a luz dentro da cana
minha alma no seu pendão.
Madrugada Camponesa.
Faz escuro (já nem tanto),
vale a pena trabalhar.
Faz escuro, mas eu canto,
porque a manhã vai chegar.
Thiago de Mello (De Faz escuro mas eu canto, 1965)
MADRUGADA CAMPESINA
Madrugada campesina,
aún está oscuro en la
tierra,
pero es preciso
sembrar.
La noche ya fue
pasando,
la mañana va a llegar.
Ya no vale ese cantar
hecho de miedo y de
farsa
para engañar soledad.
Ahora vale la verdad
siempre cantada
sencilla,
ahora vale la alegría
que se forma día a día
hecha de canto y de
pan.
Vendrá pronto (está
en el aire)
la hora de granar el
trigo.
Va a ser tiempo de
segar.
Ya van surgiendo
prodigios,
lluvia azul en el
maizal,
estalla en flor el
frijol,
y hay leche nueva
manando
en mi lejano cauchal.
Madrugada de esperanza,
ya casi es tiempo de amor.
Cojo un sol que arde en el suelo,
labro la luz en la caña,
mi alma va en su pendón.
Madrugada Campesina.
Está oscuro (ya no tanto),
vale la pena bregar.
Está oscuro, pero canto:
la mañana va a llegar.
Thiago de Mello
(Versión de Pedro Casas Serra)
Madrugada de esperanza,
ya casi es tiempo de amor.
Cojo un sol que arde en el suelo,
labro la luz en la caña,
mi alma va en su pendón.
Madrugada Campesina.
Está oscuro (ya no tanto),
vale la pena bregar.
Está oscuro, pero canto:
la mañana va a llegar.
Thiago de Mello
(Versión de Pedro Casas Serra)
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